A segunda tentativa, Miguel Tamen
joana meirim
Em “A Segunda Tentativa”, Miguel Tamen analisa as famosas redondilhas de Babel e Sião de Camões e faz notar que, não obstante a evidente mudança de tom por volta do verso 201, há algo que permanece inalterado ao longo de todo o poema. Contra a tendência geral da exegese camoniana, Tamen sugere que a distinção entre dois tipos de poesia que é ensaiada no poema só pode ser descrita recorrendo aos disparates babélicos dos quais o poeta se pretende desfazer e que, por isso, da palinódia não se segue a expiação. A segunda tentativa, conclui, não só não redime o poeta dos erros da primeira como apenas consegue que neles reincida.
Read More