Junho
joana meirim
Em Junho,
calmoso, ano formoso, temos uma entrevista com o poeta brasileiro Eucanaã Ferraz, com quem falámos sobre o “gangue” dos poetas, sobre o facto de escrever uma poesia alegre e ainda sobre a possibilidade de haver alegria da influência.
A dupla de artistas plásticos Sara & André aventura-se na pilhagem poética e oferece-nos um tríptico de inéditos.
Na Pedra-de-Toque, e em mês camoniano, publicamos “A segunda tentativa” de Miguel Tamen, texto em que analisa as redondilhas de “Sobre os rios”.
Em Poemas de Agora, Tatina Faia analisa “The Key”, de Jamie McKendrick, e mostra como este poema reflecte sobre as características míticas dos objectos que trazemos connosco. Sofia A. Carvalho analisa “Uma inocência”, de Luís Quintais, e chama a atenção para estranhas correspondências entre lixo e palavras.
Em Poemas de Antes, Rosa Maria Martelo recorda uma estrofe que sabe de cor e, revelando o seu fascínio pelo demonstrativo “isto”, analisa o poema “Musgo”, de Carlos de Oliveira. Helena Carneiro, por sua vez, regressa a Raymond Carver e analisa “Hummingbird”, poema que se constrói na pressuposição de uma carta que nunca vai chegar ao seu destinatário.
Em final de ano lectivo, inauguramos com orgulho uma nova secção, Academia, na qual os Jogos Florais escolhem um poema e desafiam alunos de liceu e de licenciatura para o analisarem. Com a nossa ajuda, estes alunos têm a oportunidade de ir escrevendo e rescrevendo as suas leituras. Patrícia Sá estreia-se com um comentário a um poema de Alice Sant’Anna, detendo-se na imagem de “um enorme rabo de baleia”, que poderia pôr em causa a vida entediante de um casal.
Na secção de Traduções, Teresa Jorge Ferreira traduz para português o poeta basco Harkaitz Cano.
Na Marginalia deste mês, revelamos curiosidades sobre Marcel Proust, Clarice Lispector, J.D. Salinger, Sophia de Mello Breyner e Sigrid Undset.