Die Blaue Blume
Nuno Amado
Ao pobre músico ambulante que tem na harpa um ganha-pão miserável e precário (inevitável é o reenvio àquela imagem de indigência e desespero irreparáveis que é o “O Homem do Realejo” da Viagem de Inverno de F. Schubert), não é dada outra escolha que não seja a de vaguear pelo mundo, à espera de que lhe saia a “boa sorte”: a flor azul que ele persegue passando de cidade em cidade, de charneca em charneca (as viagens de quem não tem dinheiro são desconfortáveis, pesadas. Nada de matas idílicas: o que ele enfrenta são o mau cheiro e a fria humidade dos pântanos).
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