Time Out
Nuno Amado
Sempre que passo algum tempo nos poemas completos de Robert Frost acabo por parar neste, e por pensar que não devia ter esquecido não propriamente o poema, e nem sequer aquele extraordinário verso feito de nomes de plantas, mas o efeito da sua leitura. É certo que a sua situação de partida está próxima daquilo que imediatamente recordamos de outros poemas de Frost, e que podemos reconhecer como eixo desta sobreposição límpida entre poesia e especulação: uma paragem no meio do caminho, situação tão clara em “The Road not Taken” (“long I stood”) ou em “Stopping by the Woods on a Snowy Evening”, por exemplo – a interrupção do percurso que faz parecer natural a reflexão como curso dos versos.
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