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Confinamento

Filtering by Category: Leituras

Aviary

Maria S. Mendes

De qualquer modo, um dos motivos pelos quais gosto deste poema deve-se ao facto de ser possível interpretá-lo pelo menos de duas formas: ou temos um pássaro dentro do aviário e alguém que o aprisiona; ou temos um pássaro fora do aviário, que voa ao longe e é observado pela pessoa dentro da prisão. A única coisa que fica clara é que, tal como se percebe logo desde o início do poema, esta parece ser uma prisão de onde não se sai, a não ser que sejamos, claro, capazes de olhar para as paredes e imaginar que o nosso aviário é, na verdade, uma gaiola de voo.

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Standing Furthest

Maria S. Mendes

O início do poema “Standing Furthest” de Mary Ruefle é capaz de soar familiar a quem esteja a ter dificuldades em ser produtivo durante o isolamento: “All day I have done nothing”. A ordem do primeiro verso é importante. Na verdade, “I have done nothing all day” seria a forma mais natural para expressar a ideia da frase. Ao inverter a ordem, Ruefle enfatiza o intervalo temporal entre “all” e “nothing” – que são eles próprios, por sua vez, opostos. Porém evitaria chamar a “Standing Furthest” um hino ao ócio, apesar do tom afirmativo do primeiro verso. Há, pelo contrário, um sentimento de culpa inerente à descrição que Ruefle faz das árvores que se encontram lá fora: “To admonish me a few aspen/ jostle beneath puny stars”. Os “aspen” movem-se violentamente (“jostle”), não por causa do vento, mas para censurar Ruefle por não ter feito nada todo o dia.

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