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Traduções

Filtering by Tag: Ana Castro

Na paz das coisas selvagens, Wendell Berry

Nuno Amado

Quando o desespero do mundo me domina

e acordo na noite ao mínimo ruído

com medo do que a vida possa ser pra mim e pros meus filhos,

vou estender-me onde o pato-carolino

repousa a sua beleza na água, e a garça-real alimenta.

Exponho-me à paz das coisas selvagens

que não empenham a vida antecipando

a dor. Apresento-me à placidez das águas.

e pressinto, sobre mim, as estrelas

aguardando a luz. Por momentos,

entregue à graça do mundo, sou livre.

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XIII, you said Is, e.e. cummings

Maria S. Mendes

XIII, you said Is, e. e. cummings

 

XIII

you said Is

there anything which

is dead or alive more beautiful

than my body, to have in your fingers

(trembling ever so little)?

                           Looking into

your eyes Nothing, i said, except the

air of spring smelling of never and forever.

 

... and through the lattice which moved as

if a hand is touched by a

hand(which

moved as though

fingers touch a girl's

breast,

lightly)

        Do you believe in always, the wind

said to the rain

I am too busy with

my flowers to believe, the rain answered

 

 

 

XIII, disseste Existe, tradução de Ana Castro

 

XIII

disseste   Existe

alguma coisa

viva ou morta mais bela

que o meu corpo, para tomares nos teus dedos

(quase tremendo)?

                                Olhando-te

nos olhos  Nada, respondi, excepto

a brisa da primavera cheirando a nunca e para sempre.

 

… e através da persiana que vibrava como

mão tocada por outra

mão (que

vibrava como

dedos tocam

o seio

de uma menina,

levemente)

         Acreditas em sempre, o vento

disse à chuva

Eu estou muito ocupada com

as minhas flores para acreditar, respondeu a chuva.

 


Ana Castro tinha 10 anos no 25 de Abril. Trabalha nas obras.